ENGIE Brasil Energia investe em robô autônomo para limpeza a seco de painéis solares

A ENGIE Brasil Energia, em parceria com a startup Solar Bot, está investindo R$ 3,56 milhões no desenvolvimento de um robô autônomo capaz de realizar a limpeza a seco de painéis solares, sem a necessidade de intervenção humana e sem o uso de água. O projeto, iniciado em 2024, tem conclusão prevista para outubro de 2026.
A iniciativa surge como resposta ao desafio recorrente de acúmulo de sujeira nos módulos fotovoltaicos, fator que pode reduzir em até 15% a capacidade de geração de energia, conforme estudos realizados pela própria ENGIE. Além da melhoria na performance operacional e da redução de custos de manutenção, a tecnologia também visa preservar os recursos hídricos e minimizar danos estruturais causados por métodos convencionais de limpeza.
O robô contará com operação totalmente remota, autossuficiência energética e integração a uma plataforma digital para monitoramento de dados. O projeto também prevê o desenvolvimento de uma estação de recarga e repouso para o robô, trilhos ou soluções de transposição de obstáculos entre os painéis, além de um sistema supervisório com painel de controle integrado. Toda a solução será desenvolvida com tecnologia nacional.
De acordo com Felipe Rejes de Simoni, gerente de Performance e Inovação da ENGIE Brasil Energia, a adoção de robôs de limpeza é uma prática consolidada em países como Israel, Inglaterra, Alemanha e Índia, mas ainda pouco comum no Brasil. Isso tem levado a métodos operacionais custosos e à possibilidade de perdas de garantia dos módulos fotovoltaicos, especialmente quando se utiliza água não desmineralizada em regiões com escassez hídrica.
A Solar Bot, parceira no projeto, é uma startup sediada no Distrito Federal, fundada por engenheiros da Universidade de Brasília. Segundo o fundador, Rédytton Brenner Sousa, a tecnologia proposta se baseia em soluções já testadas em grandes usinas europeias, mas com foco na adaptação ao contexto brasileiro. “O fato de não utilizar água, além de poupar um recurso essencial, torna a operação mais econômica e viável em áreas remotas”, afirma Sousa.
A expectativa é que o robô desenvolvido seja mais autônomo e escalável do que as alternativas internacionais, atendendo de forma personalizada diferentes tipos de plantas solares no país.

Redação i9Brasil;
Foto: Divulgação.
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