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Amazônia sob pressão: Como as secas do Rio Negro se intensificaram desde 2000

3 de julho de 2025

Por Rubelmar Neto

*Professor da UEA com MBA em Data Science e Analytics. Doutorado em Ciências – Engenharia Metalúrgica.

Cheia no presente, seca no horizonte: o que os dados do Rio Negro nos dizem?

Neste início de julho de 2025, o Rio Negro atinge níveis de cheia, trazendo consigo uma série de desafios para Manaus e região. Inundações urbanas, deslocamento de famílias ribeirinhas, impacto na mobilidade e na saúde pública são alguns dos efeitos já bem conhecidos desse período.

Mas, ao mesmo tempo em que enfrentamos os transtornos da cheia, uma pergunta inevitável começa a surgir:

Será que a seca deste ano será tão grave quanto as anteriores?

A preocupação é legítima. Nos últimos 25 anos, as secas extremas no Amazonas têm se intensificado, com níveis mínimos históricos cada vez mais baixos no Porto de Manaus. Isso afeta diretamente a navegação, a logística, o abastecimento e até o transporte de pacientes em comunidades isoladas.

Foi pensando nisso que desenvolvi uma animação comparativa e sincronizada, que combina dois gráficos interativos e complementares para contar a história das cotas mínimas do Rio Negro de 2000 a 2024:

📊 Um gráfico polar mostra os valores mínimos registrados mês a mês do Rio Negro, medidos no Porto de Manaus, revelando o padrão sazonal das secas e cheias ao longo de cada ano.

📈 Um gráfico de linha temporal revela a tendência histórica, os recordes e a gravidade crescente das secas.

💡 A visualização permite compreender tanto o ciclo sazonal (o “como”) quanto o contexto histórico (o “quando”), revelando com clareza os impactos da mudança climática no regime hidrológico da Amazônia.

📍 Fonte dos dados: https://portodemanaus.com.br/nivel-do-rio-negro/
📺 Assista à animação completa no canal GifData:

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*Rubelmar Neto é professor da Escola Superior de Tecnologia da Universidade do Estado do Amazonas (EST/UEA). Possui MBA em Data Science e Analytics pela Universidade de São Paulo (USP) e Doutorado em Ciências na área de Engenharia Metalúrgica, também pela (USP).

**O conteúdo e as opiniões expressas nos artigos publicados são de responsabilidade exclusiva dos autores.

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