O diretor técnico do Sebrae Nacional, Bruno Quick, apresentou na última quarta-feira (28/05) a palestra “Bioeconomia: Um novo modelo de desenvolvimento e geração de valor”, no IX Congresso Internacional de Controle de Políticas Públicas (CICPP), realizado em Manaus.
O evento, promovido pelo Instituto Rui Barbosa (IRB) e pelo Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), ocorreu entre os dias 26 e 29 de maio, com o tema “Desenvolvimento e Controle: Políticas Públicas Descentralizadas e a COP 30”.
A palestra foi mediada pela conselheira Lilian Veloso, diretora de ensino, pesquisa e extensão do IRB/TCE-PI, e contou com a presença da diretora-superintendente do Sebrae AM, Ananda Pessoa, e da diretora técnica, Lamisse Cavalcanti.
Em sua apresentação, Bruno Quick destacou os desafios e as oportunidades para que os pequenos negócios se tornem protagonistas na bioeconomia, agregando valor à economia nacional por meio da produção sustentável e inovação.
Para que os pequenos negócios gerem valor real na bioeconomia, é necessário organizar e estruturar essa agenda de oportunidades.
“Isso envolve clareza sobre os setores econômicos, desenvolvimento de soluções, parcerias estratégicas com universidades e o poder público, além da implementação de ecossistemas de inovação que possam ser escalados em toda a Amazônia”, enfatizou Quick.
Ele também apontou a necessidade de industrialização da bioeconomia, para garantir que os insumos locais, como castanha, guaraná e açaí, sejam processados e comercializados nos próprios territórios, sem que o valor agregado seja deslocado para outras regiões.
“Precisamos criar unidades produtivas dentro das comunidades e estruturar um modelo de desenvolvimento sustentável que envolva infraestrutura, energia renovável e acesso a mercado. A bioeconomia tem um potencial imenso, e o Sebrae tem a capilaridade para conectar esses negócios às oportunidades e apoios necessários”, completou.
Com a realização da COP 30 no Brasil, Bruno Quick destacou que o evento internacional será um marco para a bioeconomia, possibilitando o acesso a novas fontes de financiamento e parcerias estratégicas.
“Temos uma vitrine para mostrar que há um jeito diferente de desenvolver a economia da Amazônia sem comprometer sua biodiversidade”, ele enfatizou.
Quick reforçou ainda a importância das indicações geográficas como estratégia para fortalecer os produtos regionais no mercado global.
“O Brasil possui cerca de 150 indicações geográficas, enquanto a Europa tem mais de 3.600. Trabalhar essa agenda é essencial para posicionar a Amazônia e suas riquezas como marcas reconhecidas internacionalmente,” concluiu.
A diretora-superintendente do Sebrae Amazonas, Ananda Pessoa, ressaltou o papel da instituição na formulação de políticas públicas voltadas aos pequenos negócios, consolidando a formalização e competitividade do empreendedorismo no país.
“Desde o início do Congresso Internacional de Controle e Políticas Públicas, estamos junto com essa iniciativa em nível nacional, que agora temos a honra de sediar em Manaus. Nosso papel é atuar como um hub de soluções, conectando poder público, iniciativa privada e pequenos negócios”, destacou.
A diretora técnica do Sebrae Amazonas, Lamisse Cavalcanti, reforçou a parceria da instituição com órgãos de controle e desenvolvimento, além de iniciativas ligadas à bioeconomia e aos bionegócios.
“Estamos felizes por participar desse grande evento internacional, onde o Sebrae é parceiro do Instituto Rui Barbosa e da Atricom. Dentro dessa agenda de desenvolvimento, temos projetos focados em bionegócios, como o mel, o açaí e os biocosméticos, que valorizam a biodiversidade da Amazônia com sustentabilidade”, pontuou.
O IX Congresso Internacional de Controle de Políticas Públicas levantou indagações relevantes, reunindo especialistas, autoridades e empreendedores para debater políticas públicas sustentáveis e oportunidades de crescimento econômico baseadas na bioeconomia.
Por Redação i9Brasil
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