CAPES participa de Seminário em defesa ao acesso aberto à informação científica

A presidente da CAPES, Denise Pires de Carvalho, participou na última quinta-feira, do Seminário da Associação de Editores Acadêmicos em Acesso Aberto (OASPA). Ela ressaltou a importância da equidade no acesso à produção científica.
CAPES, missão e valores
A Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é uma instituição do Ministério da Educação do Brasil dedicada à expansão e qualificação da pós-graduação e pesquisa no país.
Sua missão é fomentar a formação de recursos humanos altamente qualificados, promovendo a excelência acadêmica e científica.
Por meio de programas de financiamento, avaliação e internacionalização, a Capes contribui para o desenvolvimento educacional e tecnológico do Brasil, pautando-se em valores como inovação, meritocracia, transparência e compromisso com o avanço do conhecimento.

Seminário da Associação de Editores Acadêmicos em Acesso Aberto
Durante o evento, realizado de forma virtual, Denise apresentou um panorama sobre as iniciativas da Fundação voltadas para o fortalecimento da ciência aberta, destacando o Portal de Periódicos e o SciELO.
A presidente detalhou o papel da CAPES como agência financiadora dos cursos de pós-graduação no Brasil, com mais de 7 mil cursos de mestrado e doutorado avaliados.
Para ela, “a agência desempenha papel fundamental para a qualidade acadêmica e na expansão da pesquisa em todas as regiões do país”.
Nesse sentido, a gestora ressaltou o investimento no acesso aberto à informação científica, para que pesquisadores tenham acesso à produção acadêmica mundial.
Sobre o assunto, apresentou o Portal de Periódicos, um dos maiores acervos científicos virtuais do mundo, que em 2024 teve mais de 425 milhões de acessos.
“Ano passado, nosso orçamento foi de cerca de US$ 100 milhões e assinamos mais de 42 mil periódicos de texto completo”, complementou.
Além dele, Denise também explicou que a CAPES é responsável pelos contratos de leitura e publicação e pelo financiamento da SciELO, uma plataforma brasileira de acesso aberto financiada, a partir de 2024 pela CAPES, CNPq e Fapesp.
Outro tema debatido foi o papel da Comissão de Publicação e Informação Científica na intermediação de acordos de leitura e publicação.
A Comissão possui função essencial para garantir acesso aberto à informação e a equidade entre as diferentes regiões do Brasil e no cenário internacional.
“A comunidade científica brasileira é muito assimétrica, com grupos de pesquisa espalhados por todo o país, mas é muito mais difícil para os pesquisadores do Norte, Nordeste e Centro-Oeste publicarem seus trabalhos devido às limitações orçamentárias”, afirmou.
Ela também ressaltou a importância de parcerias internacionais com editores acadêmicos para viabilizar modelos de acesso aberto que atendam às necessidades da comunidade científica brasileira.
Para a presidente, embora haja desafios econômicos, é crucial que outros países e editores
“reconheçam a importância de criar acordos que favoreçam pesquisadores brasileiros e a comunidade global”.
Foto: divulgação.
I9Brasil, com informações de CGCOM/CAPES