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1º mingau instantâneo de banana pacovã e castanha contribui para segurança alimentar na Amazônia

22 de novembro de 2024

Banana pacovã, castanha-do-brasil e macaxeira são ingredientes utilizados no mingau, que não tem adição de açúcar e nem de sódio.

Por Ágatha Gonçalves, Manaus

Banana pacovã, castanha-do-brasil e macaxeira foram os ingredientes escolhidos pela startup amazonense Amazon Porridge para a criação do primeiro mingau instantâneo da Amazônia com esses itens, que fazem parte da rotina alimentar – e da preferência da população da região. O mingau não tem adição de açúcar e nem de sódio.

Em entrevista ao i9Brasil Portal de Notícias, a parintinense Ádria Monteiro, nutricionista da Amazon Porridge, destacou a importância do mingau na perspectiva da segurança alimentar em locais de difícil acesso a alimentos, como no interior do estado. Ela explicou que o produto garante nutrição aos consumidores e uma vida útil de prateleira de até seis meses.

“Como profissional da nutrição, sempre vou ter esse olhar mais humano para a questão da segurança alimentar, principalmente aqui na Amazônia, onde nós temos duas complicações ambientais, que são a cheia e a seca, o que pode comprometer a produção de alimentos em determinadas épocas do ano”, disse.

Conforme a nutricionista Ádria Monteiro, o mingau instantâneo de banana amazônico é rico em nutrientes, amido resistente, fibras e vitaminas. (Foto: Amanda Mota)

De acordo com seu site, a startup Amazon Porridge destaca que, além de valorizar os ingredientes e a economia da região, envolve a comunidade local no processo de produção do mingau para que, assim, o conhecimento tradicional e as boas práticas agrícolas sejam preservados e transmitidos.

Mudanças climáticas

Ádria, enquanto nutricionista e ribeirinha, reconhece e destaca que a segurança alimentar de diversas comunidades locais têm ficado cada vez mais comprometida devido aos impactos das mudanças climáticas. Ela lembrou que o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) compactua com essa visão, especialmente quando discutiu o cenário da crise climática, a soberania e a segurança alimentar e nutricional em maio de 2024, constatando que a redução na produtividade da pecuária, da pesca e da aquicultura, o aumento de pragas e doenças e perda da qualidade nutricional dos alimentos são consequências que estão correlacionadas aos impactos das mudanças climáticas, de acordo, também, com a Secretaria-Geral da Presidência da República.

O CEO da Amazon Porridge, Vanilson Costa, ao lado da nutricionista da startup. (Foto: Amanda Mota)

“O produto que estamos fazendo também tem importância junto à nutrição de crianças. Esse produto também poderá atingir escolas públicas, por exemplo, levando um alimento escolar de qualidade, com nutrição, manipulação segura, higiene, que a merendeira ou a mamãe ou o papai, ou vovô poderão fazer o mingau para criança se alimentar. Crianças acima de um ano já podem comer”, disse.

Ádria declarou ao i9Brasil Portal de Notícias, também, que a startup acredita que o produto valoriza os ingredientes regionais, a economia local e pode contribuir para a melhora da qualidade de vida de ribeirinhos, inclusive.

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