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3 avanços dos Chats Inteligentes para 2025

24 de fevereiro de 2025

Impressionante como chats inteligentes, a exemplo do ChatGPT, passaram a fazer parte de nossas vidas em tão pouco tempo. Desde o final de 2022, os avanços foram incríveis.

Profissionais de diferentes áreas do conhecimento, estudantes, pessoas de todas as idades, passaram a usar, em seu dia a dia, funcionalidades como pesquisas sobre assuntos diversos, elaboração de conteúdos e automação de tarefas textuais.

E como os avanços não param, seguem 3 pontos importantes para ficarmos de olho em 2025.

1 – Chats com “Reasoning”.

Ainda no fim de 2024, o ChatGPT lançou sua versão o1 (“o” de omni). Seu objetivo é “raciocinar” de forma mais parecida com o ser humano.

Ao invés de simplesmente responder uma pergunta com base na similaridade de seus dados de treinamento, o chat com reasoning introduz uma etapa de “pensamento” antes de responder.

Nela, o chat é obrigado a fazer melhores considerações sobre partes da pergunta e, com isso, produzir respostas com lógicas mais sofisticadas em cenários mais complexos.

Em outras palavras, tem-se um chat mais capaz de interpretar contextos, oferecer sugestões embasadas e solucionar problemas que vão além de perguntas simples.

Mal iniciou 2025 a OpenAI lançou o ChatGPT o3, mais avançado que o anterior, com mais precisão e melhor estruturação lógica de respostas.

Com isso, os chats inteligentes ganharam capacidade de resolver problemas lógicos e matemáticos, uma limitação evidente nos modelos iniciais.

Como exemplo, no benchmark SWE, que avalia a habilidade do chat de resolver problemas de desenvolvimento de software, o o3 obteve 71,7% de acurácia, enquanto o o1 obteve 48,9% e a versão anterior, ChatGPT 4, obteve apenas 18,3%.

Já em um conjunto de testes matemáticos, o AIME 2024, o o3 obteve 96,7% de acurácia, errando apenas 1 resposta, uma evolução significativa do o1, com 83,3%, e do GPT 4, com apenas 13,4%.

Quanto avanço em tão pouco tempo! E concorrentes como Gemini, DeepSeek e Grok têm corrido atrás também promovendo IAs que superam alguns desses desempenhos.

2 – Agentes de IA

Outra tendência que promete ganhar força em 2025 são os “agentes de IA”, que usam a capacidade dos chats inteligentes para executar tarefas de forma autônoma por meio de funções.

Em vez de apenas responder perguntas, esses agentes poderão interagir com diversos sistemas, conectar-se a plataformas e realizar ações por conta própria.

Um exemplo recente foi o lançamento do  Deep Research, da OpenAI.

Nele, a partir de uma busca, o agente acessa fontes online diversas, sintetiza páginas e documentos encontrados e cria um relatório abrangente analisando todo o conteúdo.

Outro, ainda em testes, é o Operator, que promete interagir autonomamente com seu browser e realizar ações como um assistente virtual, pesquisando e comprando melhores passagens, verificando agendas e reservando hotéis, preenchendo formulários e realizando qualquer tarefa que você possa fazer em um site com teclado e mouse.

É o seu Jarvis te ajudando a economizar tempo em tarefas repetitivas. E para desenvolvedores, não há limites.

Frameworks, como o CrewAI, fundado por um brasileiro, facilita a programação de agentes capazes de executar códigos de programação customizados para a tarefa desejada, podendo abrir novos caminhos para inovação na robótica, automação industrial e assistentes virtuais na área de saúde.

3 – Modelos eficientes

O ano de 2025 já começou com um tsunami tecnológico: o chinês DeepSeek.

Este modelo de IA concorrente do ChatGPT, além de superá-lo em vários benchmarks de problemas lógicos, conseguiu fazê-lo com custos extremamente baixos, conforme análises preliminares.

Uma IA mais inteligente que supostamente custou um décimo do valor estimado para seu irmão mais velho, necessitando muito menos recursos de hardware? Isso abalou o mundo das Big techs!

O avanço com modelos de IA mais eficientes é importante por vários motivos.

Inicialmente, IAs tão poderosas exigem super computadores com chips avançados, como os da NVIDIA.

Uma infra-estrutura computacional desse nível pode custar dezenas de milhões de dólares, restringindo muito as possibilidade de instituições e governos de concorrerem com as big techs já estabelecidas.

Ainda, uma infra-estrutura computacional tão potente demanda muita energia elétrica, o quê além de caro é menos sustentável.

Então, com modelos mais eficientes, será possível rodar essas IAs em  dispositivos menores, a custos mais acessíveis a empresas e pessoas comuns, ajudando a popularização da tecnologia e a inovação por desenvolvedores e startups.

Em resumo, os avanços da IA generativa  e dos chats inteligentes estão a pleno vapor. 2025 mal começou e quanta coisa já aconteceu!

Ficamos ansiosos para ver o que o restante deste ano nos aguarda.

E o futuro mais distante? Nessa velocidade? Quem pode imaginar…

Por: Maurício Figueiredo – professor da UEA e pesquisador nas áreas de Internet das Coisas, Sistemas Inteligentes e Aprendizado de Máquina Profundo.

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