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“A inteligência artificial não é para o futuro, é hoje”, diz especialista do Centro de Excelência de Inteligência Artificial (CEIA)

21 de agosto de 2024

Entidade especialista no assunto, a CEIA já apoiou ações que atingem mais de 90 milhões de brasileiros com ferramentas generativas e de análise de dados.

Microempresas, Startups e o SEBRAE contam com a parceria do Centro de Excelência de Inteligência Artificial (CEIA) da Universidade Federal de Goiás. Esse apoio visa dar soluções de automatização, projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação para o crescimento dos seus negócios. O coordenador do CEIA, Arlindo Galvão, respondeu três perguntas sobre a organização durante a realização do Startup Summit, em Florianópolis (SC).

Coordenador do CEIA da Universidade Federal de Goiás, Arlindo Galvão. Foto: Hermínio Nunes

A discussão sobre a Inteligência Artificial cresceu nos últimos meses. Mas vocês trabalham com ela há muito tempo, não é?

“A gente já trabalha com inteligência artificial em projetos, já com indústria, com empresas, desde 2012. A gente viu nascer e desde o começo a gente estava sempre ali entre as referências. Estamos atuando em soluções que a gente chama tropicalizadas, ou seja, as nacionais, que envolvem dados brasileiros e em língua portuguesa. Somos hoje o centro de maior abrangência nesse tipo de tecnologia. Os principais aplicativos, como de entrega de comida, passam por uma solução nossa de inteligência artificial de análise de dados e generativa. A gente já fez umas contas que já atingem 90 milhões de brasileiros. Nossas soluções já estão fora do Brasil também, com parcerias rodando em cinco países, como Canadá e Países Baixos.”

A inteligência artificial vai substituir a inteligência natural?

“Essa é uma boa pergunta, mas que eu prefiro, em vez de falar inteligência artificial, talvez a gente pudesse falar em uma inteligência expandida ou aumentada. Ela será complementar. Imagina um copiloto para diversas tarefas em que acaba que as suas ações ficam mais aprimoradas, mais escaladas e te apoiará em outras tarefas repetitivas, que muitas vezes não exigem tantas frentes em que você poderia automatizar e ganhar tempo fazendo outras coisas melhores.”

As startups precisam investir em inteligência artificial para poder sobreviver?

“Não só as startups, mas as outras empresas também. A gente vai ter que ter uma transformação de todo o mercado e quem não se adequar de fato a essas novas ferramentas, não se atualizar, a tecnologia acaba atropelando a todos. Então estamos falando de uma nova revolução. A inteligência artificial não é para o futuro, ela já é hoje, ela já existe, já está em nossas vidas e os negócios, sejam eles pequenos ou grandes, quem não se adaptar para aproveitar e se munir dessas ferramentas para então crescer e continuar se atualizando, vai ficar para trás.”

Fonte: SEBRAE

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