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CBA tem novo contrato de gestão para desenvolver tecnologias na Amazônia

26 de julho de 2023

A partir de agora, o novo Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA) será gerido na forma de uma Organização Social (OS), administrada por um consórcio formado por instituições sem fins lucrativos – a Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (FUEA), a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT-SP).

Assim está acertado no contrato de gestão do novo CBA, que foi assinado ontem (25) pelo vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin; pelo superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, e pelo diretor-executivo da FUEA, Elias Moraes de Araújo, na sede do Centro de Bionegócios.

Com isso, o Centro poderá fortalecer a capacidade orçamentária e estrutural e impulsionar a missão de desenvolver tecnologias e novos negócios a partir do aproveitamento sustentável dos recursos naturais da Amazônia, atuando de forma integrada com Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs), incubadoras, aceleradoras e empresas de base tecnológica na execução de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação na região.

Geração de emprego e renda

Na ocasião, o vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, contextualizou a assinatura do contrato de gestão do CBA com a efetivação do primeiro contrato de gestão do Brasil, pós constituinte de 1989, com o hospital brasiliense Sarah Kubitechk, lembrando os efeitos positivos para a comunidade atendida pela entidade. Também fez um paralelo comentando os benefícios que a existência de uma instituição tecnológica de grande porte – utilizando o exemplo do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e os ganhos para o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos – pode trazer para a geração de empregos e a criação de empresas e novos negócios.

“Toda a lógica do contrato de gestão está baseada em metas e resultados e em ganhar maior flexibilidade para alcançá-las. Vamos iniciar uma nova jornada da pesquisa em biotecnologia na Amazônia e de bons desafios, com a biodiversidade gerando emprego, renda, patentes, fazendo pesquisa e desenvolvimento, e agora podendo também trazer investimento privado além dos recursos públicos”, afirmou Alckmin.
Vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, junto ao superintendente da Suframa, Bosco Saraiva (à esquerda) e ao diretor-executivo da FUEA, Elias Moraes de Araújo (à direita)

Ele também elogiou a estrutura do CBA e destacou o potencial do órgão de fomentar oportunidades de emprego e renda na região. “Estive no CBA, é um espetáculo aquela instituição, então temos muitas oportunidades pela frente. Temos 28 milhões de pessoas na região amazônica e o desafio é criar negócios, transformar a biodiversidade da amazônica em remédios, alimentos, enfim, fazer um avanço rumo à geração de emprego e renda na região”, complementou.

Economia verde

O superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, comemorou o fato de o CBA contar agora, enfim, com personalidade jurídica para transformar as riquezas da biodiversidade em produtos industriais, com geração de emprego e renda para a região. “Uma das preocupações da Suframa é fazer com que recursos sejam aplicados em todos os estados de abrangência da Suframa e que o novo CBA possa dar respostas à sociedade, funcionando plenamente nas áreas do bionegócio; escritório de projetos; pesquisa e open lab, ou seja, com infraestrutura laboratorial de ponta para projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação nos setores da biotecnologia”, disse Saraiva.

Já o diretor-executivo da Fundação Universitas de Estudos Amazônicos, Elias Moraes de Araújo, disse que hoje é um dia de festa para os povos da Amazônia. “Vamos abrir as grandes avenidas iluminadas para levar para a Amazônia o melhor tipo de desenvolvimento, seja ele econômico, financeiro ou social. Sabemos que o desafio será imenso, mas queremos construir um futuro brilhante através da economia verde”.

Demanda histórica

A definição da personalidade jurídica e do novo modelo de gestão do CBA era aguardada há mais de duas décadas e vista como passo essencial para posicionar efetivamente o órgão como centro de inteligência, apoio e fomento às iniciativas que promovam o aproveitamento econômico, racional e sustentável da biodiversidade da região amazônica, atuando de forma coordenada e concomitante com as demais políticas de desenvolvimento capitaneadas pelo governo Federal para a Zona Franca de Manaus.

Localizado no Distrito Industrial de Manaus, o Centro de Bionegócios da Amazônia conta com uma estrutura de 12.000 metros quadrados que inclui 26 laboratórios, um núcleo de produção de extratos, uma planta piloto industrial e uma incubadora de empresas, entre outros equipamentos e instalações.

O Centro foi criado em 2002, no âmbito do Programa Brasileiro de Ecologia Molecular para o Uso Sustentável da Biodiversidade (PROBEM), e, desde 2003, vem executando projetos e ações de pesquisa dependendo, principalmente, de recursos encaminhados pela Suframa.

A expectativa é de que agora o CBA conte com um modelo de gestão próprio e personalizado às suas necessidades orçamentárias, de capital intelectual e de infraestrutura, o que representa não apenas o cumprimento de determinações de órgãos de controle, mas também o atendimento ao clamor histórico de entidades civis, acadêmicas, científicas, empresariais e governamentais da Amazônia.

Para o i9Brasil, com informações da Suframa

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