A campanha da Volkswagen com um dueto entre Elis Regina, morta há 41 anos, e a filha Maria Rita chamou a atenção nessa terça-feira (4). Isso tudo só foi possível com o uso da inteligência artificial, através da técnica chamada deepfake.

Com a tecnologia é possível inserir pessoas em vídeos, mesmo sem que elas tenham participado da gravação real. O deepfake é uma técnica que permite mostrar o rosto e a voz de uma pessoa em fotos ou vídeos alterados com ajuda de inteligência artificial.

Para criar o material editado, basta ter um vídeo verdadeiro e modificá-lo com um dos vários aplicativos criados com essa finalidade. No entanto, para que o vídeo seja realmente convincente, é preciso ter um banco de dados de imagens e áudios da pessoa que se deseja reproduzir.

Na propaganda da Volkswagen foi usada uma tecnologia de redes neurais artificiais conectada em uma dublê, que foi substituída na edição pela imagem da Elis Regina.

Além de vídeos pré-produzidos, como o comercial da Volkswagen, o deepfake já é aplicado em transmissões ao vivo e até mesmo vídeochamadas. Na Coreia do Sul, por exemplo, esse tipo de tecnologia já foi usado para substituir uma âncora de telejornal.

A mesma tecnologia também é utilizada pelos criminosos para criação de vídeos pornográficos com o rosto de outras pessoas, por pedófilos se passarem por outras pessoas e até mesmo para adulterar imagens de políticos.

Com informações do g1