#Notícias

Ética na Inteligência Artificial: o desafio de conciliar tecnologia e valores morais

15 de julho de 2023

A presença da Inteligência Artificial (IA) em nosso dia a dia, seja por meio de dispositivos que respondem a comandos de voz ou aplicativos bancários, é cada vez mais comum. No entanto, junto aos benefícios proporcionados pela tecnologia, surgem questões sobre a relação entre ética e IA, especialmente devido ao vasto volume de informações que ela acessa.

Assim como qualquer outra ferramenta tecnológica que lida com dados, a IA não pode ser utilizada indiscriminadamente, pois isso poderia expor empresas a vazamentos de informações ou uso inadequado dos dados, o que poderia acarretar penalidades legais.

Ética e IA

Mas afinal, o que é ética? O termo, derivado do grego, significa “comportamento” ou “hábito”. No contexto moderno, a ética é entendida como um conjunto de princípios morais que regem o comportamento de indivíduos ou grupos sociais. No mundo digital, a ética também se refere à garantia da segurança, dignidade e privacidade das pessoas no ambiente virtual, considerando os valores morais e as leis vigentes.

Por outro lado, a IA é definida como sistemas ou máquinas capazes de simular o raciocínio humano e executar tarefas que anteriormente só poderiam ser realizadas por pessoas. Além disso, a IA se aprimora continuamente à medida que coleta novas informações.

Com o crescente uso da IA por pessoas e empresas, surge uma questão crucial: até que ponto nossos dados e informações podem ser armazenados, analisados, compartilhados, vendidos ou mesmo manipulados para nos influenciar?

A exposição de dados pessoais pode comprometer a segurança dos usuários dessas ferramentas. Por isso, leis que visam proteger informações sensíveis estão sendo implementadas em todo o mundo, como a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), em vigor no Brasil desde 2020.

A relação entre ética e IA é fundamental para evitar que os usuários sejam influenciados a fazer compras, escolher produtos ou tomar decisões baseadas em sugestões manipulativas. Nesse contexto, a responsabilidade das empresas que desenvolvem IA é crucial. É necessário estabelecer critérios claros e objetivos no código e na base de dados utilizados no treinamento dos sistemas, além de garantir a curadoria adequada das informações.

A ética e a IA devem caminhar juntas para evitar erros graves, como o caso em que um robô desenvolvido pela Microsoft se tornou racista em menos de 24 horas de treinamento com base em dados do Twitter. É essencial que os sistemas de IA sejam constantemente monitorados, atualizados e treinados com fontes de dados confiáveis.

Além disso, a ética na IA traz benefícios para as empresas. A transparência nos projetos que utilizam IA começa com a seleção cuidadosa das fontes de dados descentralizadas, para evitar exposição de dados sensíveis pertencentes a clientes ou colaboradores. A aplicação de técnicas como o Data Loss Prevention (DLP) ajuda a garantir a segurança e a criptografia dos dados, reduzindo riscos e fortalecendo a proteção das informações empresariais.

No entanto, a falta de ética na adoção de IA pode acarretar problemas graves, como o compartilhamento inadequado de dados, prejudicando tanto a empresa quanto seus clientes. Por isso, empresas que adotam a IA de forma ética demonstram comprometimento com a segurança e privacidade dos dados, transmitindo maior credibilidade ao mercado e aos clientes.

A relação entre ética e IA é um desafio que precisa ser enfrentado pela sociedade, empresas e legisladores. É necessário estabelecer diretrizes e regulamentações adequadas para garantir o uso ético e responsável da IA, permitindo que ela beneficie a sociedade como um todo, sem comprometer a segurança e a privacidade dos indivíduos. A compreensão dessa relação é essencial para aproveitar ao máximo o potencial da IA, mantendo os valores morais e éticos como guias.

Portal I9 Brasil, com informações do blog.engdb

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *