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Implantação da cadeia produtiva de babaçu foi pauta de debate na Assembleia Legislativa do AM

11 de outubro de 2023

Levantar informações, além de debater e articular ações para contribuir com a implementação do projeto de manejo sustentável e da cadeia agroextrativista do babaçu no Amazonas, sobretudo, nos municípios de Barreirinha e Boa Vista do Ramos. Estes foram os focos principais do debate realizado nesta semana pela Comissão de Geodiversidade, Recursos Hídricos, Minas, Gás, Energia e Saneamento da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), com entidades ligadas ao setor produtivo e ambiental.

Como encaminhamentos da reunião, foram apontadas a necessidade de estudo para a aquisição dos derivados do babaçu provenientes de Barreirinha e de Boa Vista do Ramos; e a capacitação dos produtores dos municípios, como ainda uma visita técnica nos locais previstos para implantação do projeto de manejo sustentável.

Representante da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Robson Oliveira explicou o está sendo feito em relação à cadeia de babaçu. Por meio de levantamento técnico, foi detectada a presença do babaçu no Amazonas, com exemplares na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Juma, em Novo Aripuanã (AM) e em outras RDS.

“Entendemos da importância da criação de cadeias produtivas. Vamos buscar o espécime para que possamos nos engajar na implantação desta cadeia produtiva”, afirmou Oliveira.

Para Jardel Luzeiro, representante da Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS), pode ser feita parceria com a Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc) para a inclusão do babaçu na merenda escolar da rede pública estadual. “A Seduc pode, juntamente com a sua equipe, definir quais os itens que poderão compor o cardápio da merenda escolar e o mesacarpo do babaçu pode ser incluído como matéria prima para mingau, por exemplo”.

O deputado Sinésio Campos (PT), presidente da Comissão de Geodiversidade, falou sobre as ações da Comissão realizadas até o momento em prol da implantação da cadeia produtiva de babaçu, há pelo menos dois anos, tendo ele, apresentado o Projeto de Lei nº 655/2023, que institui a Política Estadual para o Manejo Sustentável e Plantio da Palmeira do Babaçu.

“Apesar do seu principal produto extrativo ser a amêndoa contida em seu fruto, do babaçu tudo se aproveita. Acredito que meu papel como deputado é encurtar a distância entre os produtores e os órgãos ambientais para que a gente possa ser reconhecidos como produtores de babaçu, assim como o Maranhão e, com isso, trazer o desenvolvimento para os produtores”, afirmou.

Alternativa

O uso do óleo do babaçu foi apontado pela representante da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Simone de Oliveira, como alternativa para além do ramo alimentício. Ela citou que em 2011, o pesquisador Luiz Antônio de Oliveira do INPA fez um levantamento na área de Barreirinha, onde havia três milhões de árvores da espécie e cada com 200 quilos de babaçu.

“O que nos direciona para além da cadeira alimentar, para  produção, inclusive, de biocombustível e para a substituição de petróleo. Podemos pensar no óleo para o ramo de combustíveis e também para expansão das comunidades que podem usufruir do babaçu para seu desenvolvimento”, apontou.

Para o i9Brasil, com informações da Aleam

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