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Iniciativa Amazônia+10 recebe aporte de mais de R$ 30 milhões do Reino Unido

27 de dezembro de 2023

A Iniciativa Amazônia+10, que tem como como objetivo apoiar a pesquisa científica e o desenvolvimento tecnológico sobre a floresta tropical, as interações natureza-sociedade e o desenvolvimento sustentável e inclusivo da região, anunciou parcerias com o UK Research and Innovation (UKRI) e o British Council, ambos do Reino Unido.

As duas instituições farão aportes financeiros no programa, com recursos viabilizados pelo Fundo de Parcerias Internacionais em Ciência (ISPF), do Ministério do Reino Unido para Ciência, Inovação e Tecnologia (DSIT), que fomenta iniciativas de pesquisa e inovação e apoia a colaboração de pesquisadores britânicos com seus pares ao redor do mundo.

Iniciativa Amazônia+10

A Iniciativa Amazônia+10 articula pesquisadores vinculados às Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs) de 25 estados brasileiros, em projetos de pesquisa na região da Amazônia Legal. Liderado pelo Confap e pelo Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti), com a parceria do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o programa já destinou quase R$ 100 milhões em recursos para projetos científicos.

Os recursos disponibilizados pelo UKRI, de £4 milhões (aproximadamente R$ 24 milhões), serão direcionados especificamente para a chamada Expedições Científicas, lançada em novembro pela Iniciativa Amazônia+10 em parceria com o CNPq e que está aberta para inscrições até 29 de abril de 2024.

“O Reino Unido está muito empolgado em fazer parte da Iniciativa Amazônia +10. Há uma história muito forte de cooperação entre o Brasil e o Reino Unido”, disse Rossa Commane, Diretor da Rede de Ciência e Inovação para a América Latina da Embaixada Britânica. Segundo ele, a Iniciativa Amazônia+10 está alinhada às políticas britânicas no que diz respeito ao Brasil. “Esses £4 milhões são uma nova oportunidade para os pesquisadores britânicos trabalharem em parceria com os seus pares no país, de pesquisar áreas que não são muito conhecidas na Amazônia e de trabalhar em equidade com as comunidades tradicionais e povos indígenas. É fantástico poder fazer parte desse importante próximo passo na cooperação entre o Reino Unido e o Brasil.”

O British Council também vai apoiar o edital Expedições Científicas com um aporte de £1 milhão (aproximadamente R$ 6,2 milhões), focado em projetos de pesquisa de até dois anos entre o Brasil e o Reino Unido, que documentem a sociobiodiversidade da Amazônia brasileira.

“Para nós é uma oportunidade única fazer parte da Iniciativa Amazônia+10”, disse Bárbara Cagliari, Chefe de Relações Governamentais e Externas do British Council. “Estamos presentes no Brasil desde 1945 e atuamos em uma série de projetos de educação e cultura. Alguns temas se tornaram transversais no nosso trabalho, como a sustentabilidade.”

O CNPq e as 19 FAPs envolvidas no edital Expedições Científicas disponibilizaram R$ 59,2 milhões para o financiamento de pesquisas voltadas à expansão do conhecimento científico da sociobiodiversidade sobre áreas pouco conhecidas da maior floresta tropical do mundo. Com os dois aportes do Reino Unido, a chamada Expedições Científicas agora tem um fundo total de aproximadamente R$ 88,2 milhões.

Bolsas de pós-doutorado

O British Council também vai investir em outras ações em conjunto com a Iniciativa Amazônia+10, entre elas um programa de bolsas de início de carreira para pesquisadores da Amazônia Legal no Reino Unido. São £360 mil para financiar seis bolsas, em torno de R$ 2,1 milhões. “Com esse projeto, estamos pensando em capacitar jovens pesquisadores da região e incentivar essa produção de conteúdo local, que entendemos como extremamente relevante. Queremos continuar estreitando esses laços”, comentou Bárbara Cagliari.

Outra iniciativa que já está em curso é a chamada Amazonia BR/UK Workshops Grants, que tem como objetivo financiar workshops científicos para apoiar a realização de novas pesquisas, projetos e colaborações entre pesquisadores brasileiros e britânicos em temas relacionados à Amazônia.

Cada projeto pode atingir até £53,2 mil, com um fundo total de £370 mil disponível para esta chamada – em torno de R$ 330 mil e R$ 2,3 milhões, respectivamente. O prazo de envio das propostas é 7 de janeiro de 2024, no site do British Council.

Esses investimentos visam fortalecer as colaborações científicas entre o Reino Unido e o Brasil, impulsionando pesquisas e buscando soluções inovadoras e sustentáveis para os desafios enfrentados pela Amazônia.

Portal i9Brasil, com informações da Agência Fapesp

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