Novo módulo instalado na Antártica amplia coleta de dados para melhorar previsão meteorológica e cenários de mudanças do clima
Um equipamento que permite a coleta de dados de clima e de concentração de dióxido de carbono, principal gás de efeito estufa. É o novo módulo científico instalado este ano pelo Governo Federal na Antártica, o Criosfera 2, para coletar dados ambientais.
As informações são essenciais para melhorar os modelos de previsão meteorológica e cenários de mudanças do clima.
O Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) investiu R$ 3,5 milhões na operação logística que envolveu o transporte e a instalação do Criosfera 2 no continente Antártico e a manutenção do módulo Criosfera 1. Um grupo de pesquisadores finalizou a instalação do novo módulo em janeiro de 2023, em uma expedição que se estendeu por 40 dias no interior da Antártica.
De acordo com a coordenadora-geral de Oceano, Antártica e Geociências do MCTI à época da instalação do Criosfera 2, Karen Cope, esse novo módulo é um dos significativos resultados alcançados pelo Programa Ciência Antártica do MCTI. “Investimos para manter nossa infraestrutura tecnológica de ponta, permitindo uma pesquisa que avance na fronteira do conhecimento”.
O equipamento totalmente automatizado, abastecido com energia solar e eólica, foi construído com tecnologia brasileira. Foi instalado em um sítio propício para a investigação das mudanças climáticas na Antártica e conexões do tempo meteorológico e clima no Sul do Brasil.
Os dados coletados também serão utilizados para detectar sinais de mudanças na química atmosférica que estejam relacionadas à poluição na América do Sul, como poluentes industriais e provenientes de queimadas.
A instalação do Criosfera 2 integra o Programa Antártico Brasileiro (Proantar) e a 41ª Operação Antártica (Operantar), que é coordenada pela Secretaria Interministerial para os Recursos do Mar (Secirm).
Com informações do Geocracia