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Projeto IETÉ quer promover manejo sustentável das águas da bacia do Educandos

17 de abril de 2023

Com investimentos estimados, segundo balanço da Suframa, em R$ 11,9 milhões, o Projeto IETÉ quer implantar uma rede de monitoramento ambiental integrada, com focos na gestão de resíduos de efluentes da Bacia Hidrográfica do bairro de Educandos, na capital do Amazonas. A iniciativa é resultado deparceria do INPA/MCTI com a Samsung Eletrônica da Amazônia, empresa instalada no Polo Industrial de Manaus (PIM) ao amparo da Lei de Informática para a ZFM.

 O Projeto IETÉ, que na palavra de origem tupi significa “todas as águas, águas verdadeiras”, foi iniciado em 2019, devendo ser concluído em maio deste ano. A meta do empreendimento consiste em gerar e disseminar, por meio de estudos científicos, conhecimentos, tecnologias e promover a capacitação de recursos humanos para o manejo sustentável das águas da bacia.

Tem por base técnica estudos dos pesquisadores do INPA Sávio José Filgueiras Ferreira, Márcio Luiz da Silva e Domitila Paschoalotto, autores e organizadores do livro “Amazônia das Águas – Qualidade, Ecologia e Educação Ambiental”, 2016, cuja temática fundamental “é a busca do conhecimento das águas subterrâneas, de igarapés, da atmosfera, de precipitação, entre outras”.

A parceria com a Samsung, empresa que tem tradição mundial de investimentos em biotecnologias na Coreia do Sul e outras regiões do mundo, consolidou-se a partir da necessidade de implantação de um sistema integrado de monitoramento para avaliar a magnitude das taxas de recarga na bacia hidrográfica do Educandos.

Além disso, “fornecer subsídios para formulação de indicadores quantitativos e qualitativos acerca da extração subterrânea de água, em que medida ações devem ser conduzidas para reequilibrar o nível e disponibilidade hídrica do aquífero local e ao mesmo tempo investigar a viabilidade técnica de recarga artificial, e se a adoção de sistema semelhante tem potencial de ser aplicado em larga escala”.

Sobre o estudo

O Projeto IETÉ leva em conta que, na região do PIM (área do estudo), há seguros indicativos de rebaixamento do nível de água do aquífero, basicamente como resultado da existência de centenas de poços profundos e rasos, somados à carência de saneamento básico nas áreas urbanas circundantes.

Na região proliferam-se, basicamente, “habitações com grande quantidade de fossas e poços construídos sem os mínimos requisitos de proteção sanitária, o que leva, inevitavelmente, à necessidade de recarga artificial do aquífero local, uma alternativa rápida e eficiente para manter ou elevar o volume de água subterrânea de qualidade”.

De acordo com o coordenador do Projeto, Márcio Luiz da Silva, o IETÉ, por seu pioneirismo, empenha-se em buscar alternativas científicas e tecnológicas (adequadas, legais e seguras) para, de certa forma, compensar o meio ambiente hídrico, mesmo que parcialmente, com o retorno de água explotada do aquífero.

Com informações do artigo do economista Osíris Silva/Portal Amazônia

Foto: Shirley Cavalcante/Editora Inpa

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