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Realidade virtual e aumentada revolucionam tratamentos de saúde

22 de junho de 2023

A realidade virtual (RV) e a realidade aumentada (RA), inicialmente desenvolvidas para o mundo dos videogames, estão expandindo seu alcance para outros setores e têm se mostrado especialmente promissoras na área da saúde.

Através de ambientes gerados por sistemas computacionais, a realidade virtual proporciona uma experiência imersiva ao enganar os sentidos por meio de estímulos visuais, sonoros e até táteis. Essa tecnologia, que existe há décadas, requer o uso de óculos ou headsets que transportam o usuário para um mundo digital simulado.

Por outro lado, a realidade aumentada integra elementos virtuais ao mundo real, sem a necessidade de acessórios adicionais – um celular pode ser suficiente. Exemplos comuns dessa tecnologia são os filtros para fotos em redes sociais, como Snapchat e Instagram, e o popular jogo Pokémon GO.

Essas tecnologias estão se tornando alternativas viáveis quando os métodos convencionais de tratamento não obtêm sucesso. Elas podem ser utilizadas no tratamento de transtornos de ansiedade, fobias diversas, reabilitação funcional e muito mais. Estudos têm demonstrado a eficácia da realidade virtual e aumentada nessas áreas.

Como funciona a terapia com realidade virtual?

Na terapia com realidade virtual, o paciente com traumas psicológicos é exposto virtualmente a situações adversas que causam medo. A imersão ocorre por meio do uso de headsets, semelhante à experiência dos videogames.

A diferença está no acompanhamento de um profissional qualificado para a terapia de exposição, que pode utilizar técnicas de relaxamento enquanto orienta o paciente durante a imersão no ambiente virtual controlado. Com essa experiência visual e sonora, o processo de cura tende a ser acelerado.

A terapia com realidade virtual tem sido eficaz no tratamento de fobias, como medo de altura, medo de dirigir, medo de voar e medo de falar em público. Além disso, ela também auxilia no controle da dor e é aplicada no tratamento de transtorno de estresse pós-traumático e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), entre outras doenças.

Essa tecnologia também pode ser utilizada na reabilitação cognitiva e física de pessoas com limitações motoras decorrentes de doenças ou acidentes. Ao serem expostos a estímulos de movimentos naturais e a contextos aos quais estão familiarizados, os pacientes experimentam respostas cerebrais mais rápidas.

Cuidados necessários

O uso da realidade virtual na terapia requer cuidados éticos e técnicos para garantir sua eficácia, incluindo a restrição de utilização a terapeutas qualificados e a adaptação adequada do método tecnológico ao problema específico apresentado pelo paciente. Caso contrário, a tecnologia pode ser apenas uma forma de entretenimento sem benefícios terapêuticos.

Além disso, é importante considerar que o uso excessivo ou inadequado da RV e RA pode agravar o quadro clínico do paciente, expondo-o a situações de estresse elevado. Por exemplo, no caso de traumas relacionados a estupro, esse tipo de tratamento não é indicado. Também devem ser observadas restrições para pessoas com labirintite e epilepsia, devido a possíveis desconfortos causados pelo uso de óculos 3D.

Fontes: Velip, Pebmed, Forbes

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