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Startup cria novo modelo de comércio online para cooperativas

19 de outubro de 2023

A startup Supercampo desenvolveu um novo modelo de comércio online para oferecer às cooperativas agrícolas. Segundo a empresa, a ideia surgiu porque as plataformas de compra e venda tradicionais não contemplam todas as necessidades do setor produtivo.

Um exemplo é a diferença entre os regimes tributários dos Estados para os produtos que integram os negócios das cooperativas, explica Ronald Koch, gerente de plataforma e produto da agtech. Ele cita o caso da isenção de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os insumos usados para nutrição animal no Paraná.

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Outra questão é que os cadastros em marketplaces geralmente baseiam-se no Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), ignorando o fato de que o produtor transita entre os dois mundos diariamente. “Nada no mercado hoje atende esse modelo de negócios”, diz Koch.

O modelo “Cooperativa para Produtor” (Cooperative to Farm, ou C2F) foi desenvolvido ao longo de seis meses, a partir de demandas e conversas com 12 das 20 maiores cooperativas do país, todas elas clientes da Supercampo. Juntas, essas centrais movimentam R$ 100 bilhões ao ano.

Foi a partir desse diálogo que Koch e a equipe de desenvolvimento perceberam que a obrigatoriedade do e-mail nos cadastros poderia ser uma barreira para os negócios, já que muitos produtores não têm e-mail ou mesmo acesso à internet no campo. A melhor alternativa era o Cadastro de Produtor Rural (CAD/PRO), que também facilita os cálculos tributários.

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Segundo Leandro Carvalho, CEO da agtech, outro desafio era criar uma plataforma que contemplasse as diversas formas de pagamento do agronegócio, como o saldo gerado pelos produtos entregues na cooperativa, cartão de crédito e Pix.

“Há informações que vêm da cooperativa para a plataforma, como quanto o produtor tem de crédito com a cooperativa. Se ele precisar, também é possível oferecer crédito. Cada fazenda e CNPJ tem um crédito diferente”, afirma ele.

O C2F já está em funcionamento nos marketplaces das 12 cooperativas. Agora, a Supercampo trabalha em uma solução que permita aos vendedores das cooperativas trabalhar sem que tenham acesso à internet. “O vendedor vai fazer todo o pedido, com o processo comercial e tributário, totalmente offline”, conta Koch. As plataformas geridas pela Supercampo deverão movimentar R$ 500 milhões neste ano.

Portal i9Brasil, com informações do Globo Rural

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