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Startup promove preservação ambiental utilizando aditivos digitais

21 de janeiro de 2025

A startup Tero Carbon, através de certificação, metodologias, registros e uso de ativos digitais, conseguiu um impacto positivo de preservação ambiental de mais de 6 mil hectares de floresta e restauração de áreas degradadas, no município de Itacoatiara/AM.

A iniciativa, com apoio do Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em seu primeiro projeto, conseguiu certificar R$ 2,2 milhões de créditos de carbono pela atividade de restauração florestal e redução pela atividade de desmatamento.

De acordo com o coordenador do projeto que recebeu a certificação, Mateus Bonadiman, mestre em Engenharia Eletrônica e Computação, a Tero Carbon tem capacidade técnica para auditar projetos, gerar ativos ambientais, realizar transferências e aposentadorias de créditos de carbono, além de reportar registros de forma transparente e alinhada às melhores práticas internacionais.

“A Plataforma Tero está sendo desenvolvida com o objetivo de simplificar e aumentar a eficiência no processo de certificação de projetos geradores de ativos ambientais. Para isso, integra uma série de tecnologias modernas como o armazenamento na nuvem, segurança da informação e controle de acesso, comunicação integrada, carteiras digitais, geoprocessamento de imagens de satélite e  blockchain. Planejamos incorporar Inteligência Artificial para otimizar a geração de Documentos de Concepção de Projetos”, explicou Mateus Bonadiman.

O coordenador ressalta que a Fapeam foi crucial para a trajetória da Tero Carbon, o que permitiu alinhar as práticas com os padrões internacionais mais reconhecidos e exigidos pelo mercado.

“O suporte da Fapeam foi essencial para consolidarmos nossa visão de liderar a certificação de ativos ambientais brasileiros para o mercado global”, comentou Mateus Bonadiman.

A Tero Carbon nasceu em 2022, com sede em Manaus, e tem como compromisso protagonismo à Amazônia, desenvolvendo metodologias adaptadas à realidade da região, com certificação que prioriza a integridade, a qualidade e a sustentabilidade. A startup tem registros de aditivos digitais em plataformas renomadas mundialmente, como a CAD Trust, uma iniciativa do Banco Mundial e da IETA, e a OpenSea, o maior marketplace de NFTs do mundo.

A tecnologia blockchain é integrada ao processo de certificação da Tero Carbon na fase de registro dos ativos ambientais. Após a verificação dos impactos do projeto, os créditos de carbono são gerados e cunhados em blockchain como NFTs, utilizando a rede pública da Polygon, uma das mais sustentáveis disponíveis atualmente.

Outro grande diferencial é o suporte técnico-científico proveniente de parcerias estratégicas com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Como a expertise do Laboratório de Manejo Florestal (LMF) e do Laboratório de Psicologia e Educação Ambiental, cujas pesquisas e estudos contribuem diretamente para o desenvolvimento e aplicação de metodologias adaptadas à realidade amazônica.

Para expandir seus projetos e gerar mais impacto positivo no combate à mudança climática, a startup pretende ampliar parcerias locais, participar da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), em Belém, para desenvolver projetos de mitigação e reforçar o papel de certificadora de referência. Além de apoiar iniciativas que promovam a regulamentação fundiária de projetos nas zonas rurais.  

i9 Brasil, com informações da Fapeam

Fotos: Divulgação / Agropecuária Aruanã

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