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Brasil sai na frente em fontes renováveis de energia e “Mover” deve consolidar mercado de veículos eletrificados

16 de fevereiro de 2024

O Brasil desponta hoje como um país caminhando a passos largos para outro nível mundial em fontes renováveis de energia. Atualmente, o país já utiliza 48% de energia renovável, número que está acima da média mundial, que é de 15%. Porém, ainda tem grande potencial de recursos hídricos, solar e eólico para ser explorado de forma estável e eficiente para o sistema.

Exemplo de mercado forte e em crescimento no país é o de veículos eletrificados, cujas vendas poderão passar de 150 mil unidades em 2024. O setor contribui com uma transição energética justa, reduzindo emissões de poluentes e gases de efeito estufa, de acordo com o membro do Conselho Diretor da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), Márcio Severine.

Para ele, o recém-lançado programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), do governo federal, para o setor automotivo deve consolidar esse mercado dos chamados veículos elétricos plug-in.

O Mover, explica o especialista, é um impulsionamento para a produção nacional de veículos elétricos e seus componentes. Isso porque o programa amplia as exigências de sustentabilidade da frota automotiva e estimula a produção de novas tecnologias nas áreas de mobilidade e logística, expandindo o antigo Rota 2030.

Criado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o novo programa vai promover a expansão de investimentos em eficiência energética, incluir limites mínimos de reciclagem na fabricação dos veículos e cobrar menos impostos de quem polui menos, criando o IPI Verde.

“É um programa que, dentre outros objetivos, visa incentivar a produção local de veículos elétricos e híbridos”, explica.

A mudança necessária para o planeta

O grande desafio do país nessa mudança energética, conforme o Ministério de Minas e Energia (MME), reside em conciliar geração de emprego, renda, inclusão social, combate às desigualdades, melhoria da qualidade de vida do brasileiro, reindustrialização, preservação da biodiversidade, da qualidade ambiental, dentro outros.

Nesse sentido, a Política Nacional de Transição Energética poderá, de fato, levar o Brasil para outro patamar em fontes renováveis de energia, em escala planetária.

No último dia do mês de janeiro, o MME e a Agência Internacional de Energia (IEA) assinaram o Plano de Trabalho Conjunto para a Aceleração da Transição Energética. O objetivo, segundo as instituições, é acelerar e ampliar a matriz energética brasileira de forma limpa, diversificada, plural e inclusiva, com investimentos em fontes renováveis de biocombustíveis.

O plano de trabalho, de acordo com o Ministério, contempla uma ampla gama de temas e projetos, incluindo a produção e intercâmbio de bases de dados sobre o setor de energia e o desenvolvimento de estudos para fortalecer a transição energética.

Na perspectiva do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a política interministerial é uma estratégia essencial para que o governo federal tenha meios de cumprir suas metas de enfrentamento à crise climática.

“O Brasil tem a vocação de ser o celeiro do mundo na produção de alimentos, mas também deve se fortalecer para que continue no caminho de ser um celeiro de produção de energias limpas e renováveis, de biocombustíveis para preservar o planeta”, destacou.

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