#Artigo

Planejar é usar o conhecimento presente em nosso meio

15 de abril de 2024

*Por: José Renato Sátiro Santiago

Considerada uma questão intrínseca para o sucesso, o planejamento tem ganhado, cada vez mais, uma maior importância dentro das organizações.

O motivo é bem óbvio.

Entende-se que ao estruturar e definir as atividades a serem executadas durante determinado período, torna-se quase que imediata a necessidade de dimensionar todos os recursos que devem ser considerados.

Quando se fala “recurso”, no entanto, é preciso incluir tudo aquilo que é necessário, direta ou indiretamente, para que a meta planejada seja alcançada.

O investimento financeiro, por exemplo, algo extremamente relevante, por certo, será um dos itens a ser considerado.

Novamente, o motivo parece ser evidente. Muitos outros recursos poderão ser adquiridos e/ou desenvolvidos a partir de seu uso.

Sim, o dinheiro é realmente importante.

No entanto, há uma série de outros insumos e itens que, certamente, demandam outras coisas.

Definir a mão de obra adequada para realização de determinada atividade também é uma questão critica.

Nem sempre, será possível contratar um profissional pronto, com toda a capacitação necessária.

Caberá desenvolver certas aptidões.

Algumas vezes, inadvertidamente muitas empresas falham até mesmo em identificar profissionais, já presentes em seus quadros, como capazes para desenvolver seus projetos.

É o que muitos consideram de “o Santo de Casa não faz Milagre”.

Lamentavelmente, creio que aí a questão não está ligada ao puro preconceito que a força desta frase tende a motivar.

O problema está mais embaixo, na raiz, quase que no coração de muitas organizações.

Nota-se que muitas delas, atoladas que estão na rotina do dia a dia de suas atividades, não priorizam os seus planejamentos.

A verdade é que todo o conhecimento que uma empresa precisa para se perpetuar em seu mercado, já está presente junto aos seus colaboradores, parceiros, concorrentes e clientes.

A empresa que já notou isso passa a entender o planejamento como algo natural.

Não é uma questão de tempo, e sim de inteligência.

No entanto, a realidade é muito mais dura que isso.

Muitas vezes as próprias pessoas têm dificuldade de entender isso quando desenvolvem seus próprios planejamentos.

Pois aqui também vale a mesma afirmação, todo o conhecimento que um colaborador precisa para se perpetuar no mercado de trabalho, já está presente em si próprio ou junto aos seus colegas e parceiros.

Acreditar nisso, não somente é saber usar a inteligência, mas também, uma questão de planejamento.

O mercado atual afirma cada vez o quanto é essencial utilizar todo o arcabouço de conhecimento presente no meio onde estamos inseridos, mesmo que ele não esteja diretamente em nossas cabeças e/ou, eventualmente, não tenhamos expertise para colocá-los em prática.

Ter ciência sobre isso, no entanto, ainda assim, não é o suficiente.

Cabe colocar em prática.

É preciso planejar como faremos isso ocorrer naturalmente, não somente de forma individual, enquanto colaboradores, bem como nas organizações onde desenvolvemos nossos papeis.

Mãos à obra!!!

*José Renato Sátiro Santiago é Doutor e Mestre em Engenharia de Produção pela USP. Consultor nas áreas de Gestão da Inovação, Gestão do Conhecimento, Capital Intelectual, Gestão de Pessoas, Gestão de Projetos e Lições Aprendidas.

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