Plataforma Jornada Amazônia injetará até R$ 4,2 milhões no ecossistema de inovação da Amazônia Legal
A Plataforma Jornada Amazônia está com inscrições abertas para uma nova rodada do Programa Sinapse da Bioeconomia. A iniciativa visa estimular a criação de empreendimentos inovadores que auxiliem na preservação da floresta em todos os estados da Amazônia Legal.
Nesta edição, serão injetados até R$ 4,2 milhões no ecossistema de inovação amazônico, distribuídos para até 70 projetos com recursos não-reembolsáveis no valor de até R$ 60 mil para cada. O Sinapse Bio teve sua primeira edição em 2023, com a seleção de 71 projetos de 14 estados do país, com destaque para negócios dos segmentos de Alimentos e Bebidas, Agronegócios, Florestal, Cosméticos e Pesca e
Aquicultura.
“Em 2023 apoiamos mais de 70 negócios em diversos setores, voltados a resolver problemas diversos da região amazônica. Agora, novamente, convidamos os empreendedores e pesquisadores da região a dar corpo às suas ideias inovadoras. Temos um grande potencial de soluções para o futuro da região sendo colocadas em prática e há espaço para mais inovação em negócios que contribuam para a manutenção da floresta em pé”, convida Marcos Da-Ré, diretor do Centro de Economia Verde da Fundação CERTI,
realizadora e coordenadora da Plataforma Jornada Amazônia ao lado do Instituto CERTI Amazônia.
A Plataforma Jornada Amazônia tem a coparticipação e investimentos do Bradesco, Fundo Vale, Itaú Unibanco e Santander.
Podem se inscrever Pessoa Física maior de 18 anos, ou Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP), estabelecida e registrada em até 24 meses anteriores ao lançamento do edital, cujas soluções apresentem potencial para contribuir positivamente com a bioeconomia da região Amazônica e para a
competitividade da floresta em pé, que utilizem de forma sustentável produtos da biodiversidade amazônica. Ainda podem participar soluções que recuperam solos e/ou desenvolvem serviços e tecnologias para proporcionar condições favoráveis para a nova economia regenerativa, além de ideias ou negócios inovadores e escaláveis que demonstrem que a solução possui potencial de impacto positivo para a bioeconomia de base florestal. Todas as soluções devem gerar competitividade para a floresta em pé.
Vale destacar que o programa possui abrangência em todo o território nacional, destinando pelo menos 80% do número de vagas para empreendedores residentes nos municípios da Amazônia Legal.
Serão admitidos projetos em diversos segmentos de atuação, como Alimentos e Bebidas; Cosméticos e cadeias de insumos; Fármacos e Fitofármacos; Química verde; Tecnologias transversais; Florestas e Sistemas agroflorestais; Energia Sustentável; entre outros.
Programa estimula nova geração de negócios de impacto na bioeconomia
Um dos exemplos de ideias inovadoras que estão ganhando robustez para transformar o mercado a partir do apoio e conhecimentos do Sinapse da Bioeconomia são as agritechs Apys e Bactolac.
A cadeia produtiva de mel movimenta quase R$ 1 bilhão anualmente, segundo dados do IBGE. O apicultor Régis Adriano de Paula destaca que esse mercado é enorme e é pouco explorado por falta de tecnologia e dificuldades de gestão.
Para revolucionar essa cadeia produtiva, Régis fundou a Apys, startup que está levando tecnologias de ponta para pequenos e médios produtores e criadores de abelhas.
A exemplo da Apys, a Bactolac, startup de biotecnologia também vem para revolucionar seu segmento de atuação, neste caso, a piscicultura. Antônio Carlos Freitas Souza, fundador da Bactolac, reforça que a missão do empreendimento inovador é a modernização do manejo e produção na criação de peixes do Brasil. A participação no Sinapse da Bioeconomia tem contribuído para a evolução do negócio e no relacionamento com os possíveis clientes.
“O programa para nós tem sido quase um capital semente e as mentorias e treinamentos tem agregado muito valor no processo de validação do nosso negócio. Nosso objetivo é contribuir para o fortalecimento da cadeia produtiva, com redução de custos e agregando mais saúde”, comenta Souza.
Entenda
Na primeira fase, que segue até o dia 31 de maio, do processo de seleção, todos os empreendedores devem inscrever sua ideia inovadora, apresentando a solução, seu diferencial inovador e contexto socioambiental, com dados da equipe e envio de pitch de até três minutos. Os aprovados para a segunda fase devem então detalhar a proposta, apresentando a viabilidade financeira e desenvolvimento do negócio, cronograma financeiro e um novo pitch, além de um plano de aplicação dos recursos financeiros a serem recebidos.
A terceira fase compreende uma entrevista, para o proponente detalhar a proposta submetida na fase anterior para a equipe do programa. Durante as três fases de seleção, a Plataforma Jornada Amazônia oferece capacitações gratuitas online para os candidatos a fim aprimorar suas ideias e projetos.
Por fim, no dia 13 de setembro será divulgado o resultado da seleção e os projetos vencedores entram na etapa de pré-incubação, um período de seis meses no qual irão receber mais um conjunto de capacitações online, participarão de workshops presenciais e online, e suporte para desenvolver seu negócio em conjunto com os recursos recebidos. Além disso, terão a oportunidade de apresentar suas soluções em uma Feira de Negócios para potenciais clientes, investidores e parceiros.
Acesse o site oficial aqui!
Isabella Santos, com informações do Instituto Certi
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