Sebrae orienta como enfrentar alta de juros

A alta da taxa básica de juros (Selic) anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) no mês de março – subindo de 13,25% para 14,25% ao ano – exige mais planejamento financeiro dos pequenos negócios.
O alerta é do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Isso porque a decisão impacta diretamente os custos de empréstimos e financiamentos requisitados por pessoas e empresas.
Mesmo com a perspectiva de que o ciclo de alta esteja perto do fim, o empresário precisa estar informado sobre o cenário econômico, ter outras formas de financiamento e ajustar os produtos e serviços à demanda da população.
O primeiro passo para se preparar para este momento com juros altos é revisar seus planos financeiros para aproveitar futuras taxas mais baixas, considerando investimentos em expansão ou modernização.
Giovanni Beviláqua, coordenador de Acesso a Crédito e Investimentos do Sebrae, explica que para reduzir a dependência de empréstimos bancários, há outros caminhos de financiamentos a serem explorados, como crowdfunding ou investidores-anjo, as cooperativas de crédito e agências de fomento e desenvolvimento.
“Não podemos esquecer os aspectos relacionados à educação financeira. Empreendedores devem estar atualizados sobre as tendências econômicas para tomar decisões com embasamento técnico. Os empreendedores podem não apenas sobreviver, mas também se beneficiar de um ambiente econômico mais favorável no futuro”, aponta Beviláqua, destacando ainda a importância de um planejamento financeiro sólido, uma diversificação de financiamento e gestão eficaz de riscos.
Luz no fim do túnel
De acordo com levantamento do Sebrae, com base em dados do Banco Central, a taxa de juros em empréstimo para um microempreendedor individual (MEI) fica, na média nacional, mais que quatro vezes maior que a Selic. No caso dos MEI da região Nordeste, esse valor supera 51% ao ano.
“Pelo lado comercial, uma possibilidade a ser seriamente considerada pelos empreendedores seria oferecer uma variedade de produtos ou serviços, uma vez que isso pode ajudar a mitigar os efeitos de uma desaceleração econômica”, completou o coordenador do Sebrae.
Por isso, o Sebrae tem atuado junto ao governo federal, no Programa Acredita, para ampliar o acesso dos pequenos negócios a crédito. Por meio do Fundo de Aval para Micro e Pequena Empresa (Fampe), cerca de 30 instituições bancárias estão aptas a ofertar os recursos. Nos próximos três anos, está previsto o aval de R$ 30 bilhões em operações de crédito.
Por André Luiz Gomes/ Sebrae Notícias
Leia também
- Agentes de Desenvolvimento para fortalecer os pequenos negócios
- Inova Amazônia Summit lança vitrine para valorizar Indicações Geográficas
- Diálogos para a Construção da Estratégia Brasil 2050 chegam ao Norte do país
- Investidor Nacional aposta em IA desenvolvida em Manaus
- Programa Mulheres Inovadoras terá apresentação no AM