#Notícias

Amazonas no primeiro lugar em investimento de mestres e doutores

11 de abril de 2023

Levantamento divulgado durante o Fórum do Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap) apontou o Amazonas como primeiro lugar entre os estados que mais investem na formação de mestres e doutores. Em entrevista exclusiva ao Jornal A Crítica, a diretora-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Márcia Perales, falou da importância e dos desafios de investimento em ciência no Amazonas.

Ao ser questionada se esse destaque era uma meta da Fapeam, ela explicou que o Plano Plurianual do Estado para 2023 voltou-se a uma linha específica, um programa estruturante chamado Ciência, Tecnologia e Inovação, em consonância com a agenda 2030, com os objetivos do desenvolvimento sustentável.

E um dos pontos importantes dessa agenda, destaca a diretora-presidente, é a importância da formação técnico-científica e sua instalação no estado para ajudar e contribuir com o desenvolvimento econômico, social e ambiental. “Isso faz parte de uma política pública do Governo do estado, que, em 2019, reposicionou a área de CT&I, colocando-a como estruturante, estratégica e fundamental para o desenvolvimento do Amazonas”. 

Junto a isso, Márcia Perales completou que a política pública tem que ter financiamento, sendo uma das metas asseguradas pelo Governo no último quadriênio. E nesse financiamento, acreditando que a formação de recursos humanos altamente qualificados é importante para o desenvolvimento de um estado, foi priorizada, dentre um conjunto de ações, a formação de pesquisadores em âmbito de mestrado e doutorado.

Assim, a Fapeam já financiou inúmeras bolsas. E, junto aos programas de pós-graduação, atua hoje em 78 cursos stricto sensu. 

*Projetos em todas as áreas*

Por meio de editais, a Fundação investe fortemente em pesquisa básica, mas também  em pesquisa aplicada, que são as pesquisas de indução. “Uma das coisas que mais nos deixa felizes é quando você disponibiliza um edital, por exemplo, startups para o SUS, voltadas para solucionar problemas na área de saúde”, revela Perales.

Entre 2019 e 2022, a Fapeam já apoiou mais de 10 mil projetos, trabalhando com todas as áreas do conhecimento, construindo um estratégico portfólio com os pesquisadores. “Qual o impacto de uma pesquisa em nível ambiental, científico, econômico, social e tecnológico¿ Essa construção feita está disponível na nossa página (fapeam.am.gov.br) não só para a comunidade científica, mas para qualquer cidadão, investidor”. 

Com relação ao interior do Estado, que tem problemas específicos, como a dificuldade de internet, e que podem influenciar desde a inscrição em editais até a própria pesquisa, a diretora-presidente da Fapeam afirma que não se pode tratar igual o diferente. Por isso, antes de lançar um edital, a Fundação precisa ouvir, conhecer e ter um diagnóstico das necessidades de cada local. “Lançamos programas de apoio ao interior na área de CT&I. É ter a compreensão de que não é simplesmente apoiar o pesquisador, mas criar uma infraestrutura de pesquisa nesses locais. E assim já alcançamos os 62 municípios”.

Já sobre a área da bioeconomia, ela disse que foi objetivo de editais para que os pesquisadores se sentissem incentivados a pesquisar nessa área. E no portfólio que lançaram tiveram vários resultados de produtos que estão na natureza sendo transformados e aperfeiçoados para melhorar a vida das pessoas. 

A Fapeam completará 20 anos de atuação no estado no próximo mês de maio, assim, Márcia Perales complementa que essa Fundação tem que continuar sendo respeitada e confiável, mostrando sempre sua capacidade de gestão.

Com informações do Jornal A Crítica

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *