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Pesquisa aprimora diagnóstico e detecta com precisão presença de parasitos que provocam a filariose, doença endêmica em regiões da Amazônia

11 de abril de 2023

O diagnóstico de uma doença conhecida como filariose, causada por vermes parasitas que se alojam no organismo humano, está mais preciso com o avanço de pesquisa realizada em Manaus. Pelo exame conhecido como PCR em tempo real (sigla em inglês para reação em cadeia da polimerase), afasta-se a possibilidade de resultados falsos negativos e, com isso, tem mais precisão para detectar, no organismo humano, a presença dos parasitos que provocam essa doença.

Para o coordenador do estudo, o doutor em Biologia Parasitária, Sérgio Luz, do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), o método do PCR em tempo real é mais eficiente quando comparado ao diagnóstico microscópico, técnica tradicionalmente utilizada para detectar a doença. “A pesquisa chegou ao diagnóstico molecular, mais sensível que o microscópico, e que nos ajudar a ter um perfil epidemiológico mais próximo da realidade, fazendo chegar a medicação a todos que estão doentes”.

Causada por diversos parasitos, entre os quais, Mansonella ozzardi, Mansonella perstans e Onchocerca volvulus, a filariose é transmitida para os humanos por meio da picada de um mosquito vetor chamado pium, infectado pelas larvas do verme. E os principais sintomas são febre, dor de cabeça, calafrio, náuseas e linfadenite (infecção nos linfonodos) são alguns dos sinais e sintomas da doença, tratada por medicamentos.

O estudo não identificou diferença genética entre os tipos de filarioses encontradas e espalhadas por diversos locais da Amazônia, entre os quais, municípios das regiões do Alto Solimões e do Alto Rio Negro, consideradas áreas endêmicas para transmissão da doença.

Intitulado “Diversidade de filarias humanas no Estado do Amazonas: desenvolvimento de ferramentas de diagnóstico molecular mais eficientes”, o estudo foi fomentado pelo Programa Universal, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), e contou com a participação de nove pesquisadores e colaboradores vinculados aos laboratórios da Fiocruz no Rio de Janeiro e em Manaus, cujo laboratório está localizado na sede da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em Manaus.

Com informações da Assessoria da Fapeam

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