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Tecnologia revoluciona a gestão e o monitoramento florestal

12 de julho de 2023

Neste dia 12 de julho celebramos o Dia do Engenheiro Florestal, uma área que tem abraçado a era da tecnologia para impulsionar a gestão e o monitoramento florestal de forma mais eficiente e precisa. Com o avanço das soluções tecnológicas, que incluem sensores, imagens de satélite, drones e softwares especializados, os profissionais dessa área estão conseguindo proteger e preservar os recursos naturais de maneira mais eficaz.

A aplicação de sensores é uma das principais ferramentas utilizadas pelos engenheiros florestais para coletar dados cruciais sobre o ecossistema. Esses dispositivos são capazes de medir uma variedade de fatores, como umidade do solo, temperatura, níveis de luz e até mesmo a presença de determinadas substâncias químicas. Com base nesses dados, os especialistas podem tomar decisões informadas e implementar estratégias de manejo adequadas para as florestas.

A empresa brasileira COALTECH Engenharia, desenvolveu o SYSFOREST, um sistema de monitoramento florestal de alta precisão, capaz de economizar em custos e reduzir esforços na propriedade florestal, proporcionando a não necessidade de pessoas em zonas de monitoramento, sobretudo de modo a reduzir riscos relacionados à segurança no trabalho.

Trata-se de um sistema de vídeo e transmissão de imagens e dados de alta tecnologia. A aplicação ainda é capaz de realizar o monitoramento florestal de uma extensa área. Isso tudo de maneira prática e extremamente segura.

Além dos sensores, as imagens de satélite têm desempenhado um papel fundamental no monitoramento florestal. Essas imagens fornecem uma visão ampla e detalhada das áreas florestais, permitindo que os engenheiros identifiquem mudanças significativas, como desmatamento, expansão de áreas cultivadas e invasões ilegais. Com a ajuda de algoritmos de processamento de imagem, os profissionais conseguem analisar grandes volumes de dados de forma rápida e eficiente.

A tecnologia dos drones também tem sido amplamente utilizada pelos engenheiros florestais. Equipados com câmeras de alta resolução, esses veículos aéreos não tripulados permitem a obtenção de imagens em alta definição e a realização de mapeamentos precisos de áreas florestais extensas. Os engenheiros podem sobrevoar as florestas, capturando imagens detalhadas e coletando dados valiosos, como a densidade da vegetação e a detecção de espécies invasoras.

No âmbito dos softwares especializados, diversas ferramentas vêm facilitando a gestão florestal. Esses programas permitem a análise de dados complexos, a modelagem de cenários e a previsão de impactos ambientais. Com eles, os engenheiros florestais conseguem simular diferentes estratégias de manejo, otimizando a tomada de decisões e minimizando os impactos negativos nas florestas.

A combinação dessas tecnologias tem contribuído significativamente para a preservação das florestas e a sustentabilidade ambiental. Os engenheiros florestais têm acesso a informações mais precisas e atualizadas, o que lhes permite tomar medidas proativas para a proteção de ecossistemas frágeis.

O pesquisador da Embrapa Marcus Vinício Neves d’Oliveira explicou que as tecnologias representam um salto qualitativo no manejo de florestas tropicais, por possibilitar informações precisas sobre a topografia do terreno e a localização exata das árvores na área a ser manejada, entre outros aspectos essenciais para planejar a atividade com segurança. A tecnologia ajudou a garantir maior eficiência e competitividade ao manejo florestal madeireiro e tornou o negócio mais rentável, com menor impacto ambiental. 

“Antes do modelo digital, o planejamento da atividade de manejo envolvia desenhar a área de forma manual e realizar longas caminhadas na floresta, para marcação e localização física das árvores. A ausência de informações precisas ocasionava equívocos, como a abertura de pátios de estocagem em área de baixa densidade de árvores e de estradas em áreas de proteção ambiental. As ferramentas digitais possibilitam agilidade no inventário florestal e a definição de locais adequados para os pátios de estocagem e estradas na floresta, de acordo com as condições do ambiente modelado, padrão de distribuição das espécies, concentração de árvores de valor comercial e outros aspectos que influenciam a dinâmica de execução do manejo florestal e conferem sustentabilidade à atividade”, contou o pesquisador. 

Embora a tecnologia desempenhe um papel crucial, é importante ressaltar que o conhecimento e a experiência dos engenheiros florestais continuam sendo fundamentais para interpretar e aplicar os dados coletados. A tecnologia é uma aliada poderosa, mas não substitui a expertise humana.

Com a constante evolução da tecnologia, os engenheiros florestais continuarão a explorar novas ferramentas e soluções inovadoras para enfrentar os desafios da gestão e do monitoramento florestal. Essa união entre a natureza e a tecnologia promete trazer resultados ainda mais promissores para a preservação dos recursos naturais e a construção de um futuro mais sustentável.

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