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O Poder das Startups Enxutas: Como Ser Eficiente e Sustentável em 2024

17 de janeiro de 2024

*Por: Davi AlbuquerqueCEO da startup Rehearsal, acadêmico de Jornalismo na UFAM e Digital Product Leardership na Tera.

Com a virada de chave para um novo ano repleto de oportunidades, o ecossistema de startups começa a difundir os primeiros mantras que vão nortear, mesmo que por um breve período, as operações das startups em 2024. A busca desenfreada por escala dá lugar ao entendimento de que, com menos capital, equipes mais enxutas e operações simplificadas, esses negócios inovadores de base tecnológica começam a encontrar um equilíbrio entre o unicórnio e o camelo, mostrando resiliência e tenacidade diante das crises globais passadas no segmento.

Há menos de duas semanas, fui contatado pelo CEO da fintech YourCount, Luiz Araújo (foto abaixo), que comunicou, com certo receio e entusiasmo, a redução do quadro de colaboradores da startup.

“Neste momento, meu objetivo é ser mais eficiente com minhas vendas, levar para o mercado meus produtos e crescer utilizando minhas plataformas em desenvolvimento com uma equipe enxuta. Agora, o acúmulo de trabalho é certo, mas já consigo sentir um nível de comprometimento e entrega da minha equipe muito mais efetiva e ágil” – Luiz Araújo.

Segundo Eric Ries, autor do livro ‘Lean Startup’ ou ‘Startup Enxuta’, existem várias formas de adotar uma cultura enxuta em uma startup. Do aprendizado ao cliente, há vários pontos de atenção para aqueles que começam a vislumbrar os benefícios do modus operandi dessa corrente de gestão de negócios que surge em um contexto de extrema incerteza.

Para Ries, errar é parte integrante do processo de aprendizagem, mas deve ser aliado à capacidade de rápida adaptação, permitindo ajustes ágeis nas estratégias. Essa abordagem, segundo o autor, reduz o risco de investimentos desnecessários e coloca a empresa em uma trajetória de crescimento sustentável.

Além da aprendizagem, a eficiência operacional é marca registrada na metodologia enxuta proposta por Ries. Eliminar desperdícios, seja de tempo, recursos ou esforços, é uma prioridade constante. Esse enfoque resulta em operações mais simplificadas, otimizando a alocação de recursos, permitindo que a startup atinja metas mais significativas com equipes mais compactas, como tratamos anteriormente.

Pode parecer simples, mas além de todo esse processo, não podemos esquecer o que mais os empreendedores estão buscando nessa fase do negócio, que é o Product Market Fit, a tão sonhada aderência de mercado, a desejabilidade do produto e o consequente sucesso de vendas. Para Ries, esse ponto está diretamente atrelado ao foco no cliente, que traz o feedback para a aprendizagem, que por sua vez produz adaptabilidade, compactando a operação e atingindo as metas desejadas.

Por fim, em um cenário de negócios onde o produto entra em um ciclo de início e infindáveis meios de adaptação, as startups enxutas vão encontrando o lugar ao sol. Para os empreendedores que aplicam esses princípios, irão descobrir como é motivador poder construir uma operação com baixo recurso e boa aderência de mercado, o que traz segurança ao investir no desenvolvimento das soluções. Contudo, esse processo reitera a importância de encontrar soluções para problemas reais e validados, uma vez que as portas para a inovação estão se abrindo em larga escala para aqueles que com pouco sabem gerar muitos resultados.

* Davi Albuquerque é CEO da startup Rehearsal, acadêmico de Jornalismo na UFAM e Digital Product Leardership na Tera. Há 3 anos atua com Marketing para Startups e facilitador de Pitch no Samsung Ocean, com experiência em oratória, passagem por reportagem local e nacional pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação e Assessor da 4ª Feira do Polo Digital de Manaus.

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