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Está no ar o Observatório de Inovação para cidades sustentáveis

22 de maio de 2023

Está no ar a plataforma virtual Observatório de Inovação para cidades sustentáveis (Oics) para auxiliar os municípios brasileiros com soluções para problemas urbanos, mapeando e divulgando os conteúdos e modelos replicáveis de alternativas sustentáveis e inovadoras contextualizadas ao território nacional. A plataforma, gratuita, foi desenvolvida pelo Centro de Gestão Estudos Estratégicos (CGEE), organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).  

O diferencial da plataforma é ser acessível, disponível para consulta para gestores públicos, sociedade civil, empresas e academia. “Nós normalmente vemos estudos sendo feitos em várias plataformas desse tipo e não chegam até o destinatário final. Você tem uma coleção de estudos que vão se acumulando com boas soluções e poucas pessoas ficam sabendo dela.  Por isso, evento como este é fundamental, pois reúne diversos gestores”, destaca o diretor-presidente do CGEE, Fernando Gomes Rizzo.

A plataforma oferece soluções para alguns principais desafios urbanos, como mobilidade, energia, água potável e saneamento de água, e resíduos sólidos. Segundo a coordenadora do Observatório, Raiza Fraga, esses são problemas que a maioria das cidades brasileiras enfrenta e, necessariamente, precisam se relacionar com a gestão pública. A plataforma tem 295 soluções registradas, que foram mapeadas no Brasil e no mundo. “O nosso papel é traduzir o que a ciência brasileira já vem produzindo de informação e conteúdo para tomadas de decisão. A comunicação, a disseminação dessa informação para que os gestores tomem conhecimento e utilizem esse espaço como uma verdadeira ferramenta de apoio do seu trabalho no dia-a-dia”, conta a coordenadora do Oics.

A diretora do Inpa, Antonia Franco, destacou a relevância do evento, que possibilitou aos gestores conhecer uma ferramenta com soluções que podem auxiliar na tomada de decisão dos gestores e melhorar a vida nas cidades, áreas urbanizadas que sofrem com problemas ambientais, climáticos, de habitação, mobilidade, entre outros. 

“Nós precisamos pensar não só nas grandes cidades, mas também lembrar das pequenas cidades e em como melhorar a qualidade de vida das pessoas. E esta plataforma traz várias soluções que podem ser consultadas e utilizadas pelos gestores”, disse a diretora, que mediou o painel Ciência e Tecnologia para o desenvolvimento sustentável, no qual destacou a importância das tecnologias e inovações produzidas pelas Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) e Instituições de Ensino Superior (IES) que ajudam na melhoria da qualidade ambiental e da vida das pessoas.

A plataforma foi apresentada para gestores, técnicos e pesquisadores, em Manaus, no Auditório da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), no último dia 18 de maio, durante o o evento Soluções Inovadoras para o Futuro das Cidades.

Plataforma

O Oics apresenta aplicações práticas (estudos de casos) e soluções, com detalhamento de contextos e implicações, disponíveis para consulta por regiões brasileiras, classificadas em seis temáticas: mobilidade, energia, saneamento-resíduos sólidos, saneamento água, soluções baseadas na natureza, ambiente construído.

O secretário municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI) de Tefé, no Amazonas, Daniel Sacha Caminha Beserra, afirma que a plataforma Oics e as oficinas ministradas acrescentam muito no aprendizado e na consulta para os problemas particulares da sua cidade. A equipe da Secretaria  também está acompanhando de forma virtual o evento.

“Está sendo um grande acréscimo para nossa secretaria, para o Médio Solimões e para nossa cidade, porque nós estamos vendo hoje todo o aporte e o apoio que o Governo Federal está disponibilizando em plataformas nas quais a gente vai poder, além de alimentar, inserindo dados dentro lá, fazer o gerenciamento das nossas cidades”, avalia o secretário municipal. 

Segundo a analista de meio ambiente da Secretaria Estado de Meio Ambiente do Amapá, a bióloga Débora Thomas, olhar as particularidades regionais e ouvir as experiências das pessoas de territórios diferentes contribuem para enxergar outras perspectivas para desenvolvimento sustentável. 

“Oficinas com participação de pessoas de territórios diferentes, com populações e peculiaridades diferentes, trazem um processo de ressignificação da plataforma para transformá-la em mais robusta. Com certeza é uma plataforma imprescindível pra gente pensar em cidades mais sustentáveis, atingir os objetivos da Agenda 2030 e colocar a Amazônia nessa vanguarda de desenvolver cidades sustentáveis”, são os pontos destacados sobre o evento pela analista ambiental. 

A plataforma é uma iniciativa desenvolvida no âmbito do projeto CITinova – Planejamento Integrado e Tecnologias para Cidades Sustentáveis. É um projeto multilateral realizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), implementado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e executado em parceria com a Agência Recife para Inovação e Estratégia (Aries) e Porto Digital, o CGEE, o Programa Cidades Sustentáveis (PCS) e a Secretaria do Meio Ambiente (Sema/DF). Recebe o apoio financeiro do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, na sigla em inglês).

Marcela Aboim Raposo da Secretaria de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social  (Sedes), do MCTI, explica que o projeto CTInova tem o desafio contribuir para o planejamento urbano integrado, por meio das tecnologias e inovação, já aplicadas em duas cidades pilotos: Recife (PE) e Brasília (DF). 

“O Observatório vem com essas inovações buscando o que tem no mundo e que pode contribuir para desenvolvimento dos Objetivos da Agenda 2030 para desenvolvimento do planejamento urbano integrado com as tecnologias e o Programa Cidade Sustentável (PCS), então vem muitas coisas boas e práticas”,  expõe Aboim. 

Um dos exemplos disponíveis na plataforma é o Jardim Filtrante, uma tecnologia baseada na natureza para recuperar margens de rios. 

Com informações e fotos do INPA

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