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Indicadores da gestão de inovação na Amazônia ganham destaque em sessão na CMM

10 de agosto de 2023

Os principais resultados advindos da gestão da Lei de Informática da Zona Franca de Manaus (Lei 8.387/1991), bem como indicadores de impacto na região na administração de projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) por parte da Suframa, foram apresentados durante a sessão plenária realizada na Câmara Municipal de Manas (CMM), na quarta-feira (9). O tema foi discutido na cessão de tempo requerida pelo vereador Kennedy Marques (PMN).

O superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, explicou que tem buscado espaço para divulgar detalhes da Lei de Informática na Zona Franca de Manaus (ZFM) com o propósito de tornar mais transparente o tema e solicitou dos parlamentares mais acompanhamento e fiscalização.

“Viemos pedir 20 minutos de atenção dos estimados vereadores para falar de uma contrapartida aos incentivos fiscais no qual empresas têm a obrigação investir em projetos de pesquisa, desenvolvimento e a inovação (PD&I) na região. Estamos falando de uma estimativa de R$ 2 bilhões para 2023. Queremos botar luz na aplicação desses recursos, dizer quem são os institutos, o que já foi produzido, o que está sendo pesquisado. Enfim, queremos avançar na transparência e pedir participação dos vereadores na fiscalização da aplicação desses recursos”, salientou Saraiva.

Para o superintendente da Suframa, o tema se torna prioritário, pois atua diretamente na demanda por diversificação das matrizes econômicas e, além de impactar socioeconomicamente no longo prazo da região, se reflete em questões atuais como o dilema da empregabilidade versus o avanço tecnológico.

 “Notem que os indicadores da Suframa geralmente apresentam aumentos de faturamento e produção, mas não ultrapassa o teto de 110 mil empregos diretos. Isso é resultado da automação. Em junho, visitei uma fábrica em que trabalhei juntamente com 92 pessoas. A mesma linha tem agora seis pessoas, com várias funções extintas. Com a Inteligência Artificial, talvez dos seis só fique um para verificar se a máquina está ligada. Por isso, é importante as pesquisas que podem utilizar nossa biodiversidade e se transformar em agroindústrias, absorvendo assim mão de obra local”, frisou.

Bosco Saraiva reforçou a relevância do tema, relembrando que a Amazônia já foi extremamente impactada por perder uma guerra biotecnológica no período da Borracha. “Recentemente, o CBA (Centro de Bionegócios da Amazônia) ganhou vida própria e poderá também acessar esses recursos. Para fixar o quanto isso poderá impactar nossa região, basta lembrar o que poderia ter sido evitado se há 120 anos tivéssemos um CBA. Teríamos podido implantar técnicas e competir com a Malásia na produção da borracha. Não tínhamos e por conta disso passamos de 1920 até 1970 na miséria”,completou.

“Importantíssima a presença do superintendente aqui, é alguém que conhece os problemas da nossa cidade e sabe que a Zona Franca está encravada no coração de Manaus, que aqui estão os empregos. Agradecemos a presença e a humildade que ele teve de vir até aqui”, destacou o vereador e presidente da Câmara Municipal de Manaus, Caio André.

Lei de Informática

A Lei de Informática na Amazônia tem como prerrogativa que todas as empresas que produzem bens e serviços de informática apliquem, anualmente, no mínimo 5% do seu faturamento bruto no mercado interno, decorrente da comercialização dos produtos incentivados, em atividades de pesquisa e desenvolvimento a serem realizadas na Amazônia.

Uma explanação técnica sobre a Lei 8.387/1991 foi realizada na ocasião pelo coordenador-geral de Gestão Tecnológica da Suframa, Rafael Gouveia. O servidor  apresentou dados de evolução da gestão de PD&I e destacou indicadores de desempenho e resultado, como:  o total de Protótipos com inovação científica ou tecnológica (174); número de Processos com inovação científica ou tecnológica (96); programas de computador com inovação científica ou tecnológica (351); produtos com inovação científica ou tecnológica (69); Publicações científicas e tecnológicas em periódicos ou eventos científicos com revisão pelos pares (234); dissertações defendidas (77); teses defendidas (15); e profissionais formados ou capacitados (15.661).

A sessão também teve discursos do presidente da Câmara Municpal de Manaus, Caio André; e dos vereadores Roberto Sabino; Lissandro Breval; Rodrigo Guedes; e Diego Afonso, entre outros. Também estavam representando a Suframa superintendente-adjunto de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica, Waldenir Vieira, o superintendente-adjunto Executivo, Luiz Frederico Aguiar, entre outros servidores.

Na ALEAM

A política de inovação na Amazônia e a Lei de Informática também foi tema de cessão de tempo requerida pelo deputado Dr. George Lins (União Brasil), ocorrida na quinta-feira (3) na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam).

Portal i9Brasil, com informações da Suframa

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