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Brasileiros ganham prêmio da Nasa por usar IA para detectar manchas causadas por vazamento de óleo nos oceanos

11 de abril de 2023

Um sistema que pretende utilizar imagens de satélite, inteligência artificial e algoritmos para detectar a existência de manchas causadas por vazamentos de óleo nos oceanos. Essa ideia, idealizada por um grupo de brasileiros, foi uma das vencedoras do Nasa Space Apps Challenge, uma competição internacional que busca ideias inovadoras, a partir de dados produzidos pela agência espacial americana, para resolver desafios tanto espaciais quanto terrestres.

A premiação ocorreu em março, na sede da Nasa em Washington, capital dos Estados Unidos. Mas a data inicial dessas condecorações era para ser em 2020, porém, a pandemia da Covid-19 suspendeu o cronograma da época.

Com o objetivo de participar desse concurso, integrou o grupo de brasileiros cinco recém-formados em áreas ligadas à tecnologia e à informática, e que já atuavam na iniciativa privada.

Pelo regulamento da competição da Nasa, todo o projeto foi desenvolvido em 48 horas, na data estipulada para o certame, em 2019. Funcionou assim: eles souberam do desafio e, a partir de então, tiveram o prazo estabelecido para apresentarem uma solução.

De acordo com as informações do projeto inscrito no site da Nasa, uma API — sigla em inglês para interface de programação de aplicação — poderia cruzar informações captadas por satélites e, com uso de algoritmos e inteligência artificial, localizar com agilidade os pontos com vazamento de óleo em alto mar.

Em entrevista à DW Brasil, o designer, programador e empreendedor Felipe Ribeiro Tanso, um dos membros da equipe vencedora, esclarece o funcionamento do mecanismo.

“Ela possui uma inteligência artificial que checa imagens capturadas via satélite e retorna a probabilidade de haver manchas de óleo em uma determinada região do oceano, alertando os órgãos responsáveis pela fiscalização e mitigação desses acidentes. Dessa forma, o nosso objetivo é diminuir os impactos socioeconômicos e ambientais que tais desastres podem vir afetar a vida de milhões de pessoas”, explica.

*Objetivo para o social*

Segundo o descritivo do projeto, a API “poderia ser consultada por governos e terceiros” e essa detecção serviria para que órgãos competentes sejam capazes de “atuar rapidamente em resposta, minimizando o desastre ambiental”.

“A Poseidon (nome dado pelo grupo ao sistema, remetendo ao Deus da mitologia grega que protege as águas) não está sendo utilizada, infelizmente”, afirma Ramos. “Nosso objetivo inicial era conseguir atuar junto o algum órgão governamental”.

A viagem de premiação reanimou as expectativas do grupo. “Nosso próximo passo agora é fazer contato com a Nasa e tentar algum programa de estágio internamente”, diz Tanso. “De repente podemos compreender mais sobre os dados que eles possuem, as ferramentas, e expandir a solução. Nosso objetivo sempre foi social. Nunca foi tornar o projeto algo que de fato fosse rentável ou pudesse mudar nossas vidas, mas sim queremos ajudar pessoas.”

Com informações do G1

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