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Startup do Amapá recebe investimento para produzir couro sustentável com pele de peixe

30 de junho de 2023

A Yara Couro da Amazônia recebeu um aporte de R$ 2 milhões através do Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio), coordenado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e executado pelo Instituto de Desenvolvimento da Amazônia (Idesam). A empresa, sediada no Amapá, desenvolveu uma tecnologia inovadora que transforma os resíduos da pele de peixe em couro.

Com menos de um ano de existência, a Yara já desponta como uma promissora participante do setor de bioeconomia, chamando a atenção por seu produto exótico. A tecnologia por trás do “Green Leather” baseia-se em um processo sustentável, desde a aquisição das peles de peixe – evitando que se tornem lixo e sejam descartadas de forma inadequada – até o beneficiamento final, que utiliza ingredientes orgânicos provenientes da própria floresta.

A principal missão da empresa é desenvolver a cadeia do pescado de ponta a ponta e tratar a pele de peixe não como um resíduo, mas sim como matéria-prima para criar produtos com identidade Amazônica nas indústrias da moda e do revestimento.

Couro sustentável com pele de peixe

Bruna Freitas, CEO da Yara, destacou os desafios enfrentados pelas empresas de bioeconomia. “Empreender com foco na preservação da floresta é a missão da Yara. Para nós, esse investimento de R$2 milhões representa tanto uma oportunidade quanto uma responsabilidade de mostrar que esse é o tipo de desenvolvimento adequado para a região Amazônica. O que para muitos é considerado lixo, para nós é um rio de oportunidades no qual estamos prontos para mergulhar, tornar realidade e devolver os benefícios desse desenvolvimento para a comunidade local”.

O investimento garantido pela empresa foi divulgado durante o workshop sobre o financiamento de projetos a partir da Lei de Informática, realizado recentemente em Macapá. O Idesam, instituto responsável pela execução do programa PPBio, avalia as empresas com potencial e facilita a conexão entre investidores do setor industrial e as startups. No caso da Yara, o aporte financeiro foi assegurado pela empresa de eletrônica Digiboard.

Nos próximos seis meses, a empresa dedicará esforços para ampliar a variedade de produtos disponíveis e instalará o primeiro curtume verde da Amazônia, dando início ao processo de escala.

*Com informações da Yara

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