#Notícias

Estudos pré-clínicos da Fiocruz Amazônia apresentam resultados promissores para a vacina contra a malária vivax

11 de abril de 2023

Pesquisadoras da Fiocruz Amazônia apresentaram na semana passada resultados parciais dos estudos pré-clínicos para o desenvolvimento de vacina contra a malária vivax, que contam com financiamento do Fundo Global de Tecnologia Inovadora em Saúde (GHIT), do Japão. E afirmaram que, até aqui, os estudos vêm apresentando resultados promissores no tocante ao efeito bloqueador da transmissão do parasita causador da doença.

Trata-se da vice-diretora de Pesquisa e Inovação e pesquisadora da Fiocruz Amazônia, Stefanie Lopes, juntamente com a bolsista de pós-doutorado Camila Fabbri, do Laboratório de Diagnóstico e Controle de Doenças Infeciosas (DCDIA), que participaram em Kanazawa, no Japão, da 92ª Reunião Anual da Sociedade Japonesa de Parasitologia, ocorrida na quinta e sexta-feira passadas (30 e 31/3).

Elas explicaram os resultados parciais do projeto, que deverá ser desenvolvido em dois anos, em parceria com a Fundação de Medicina Tropical (FMT), para o grupo de pesquisadores e o financiador da iniciativa, a fim de avaliarem o status do desenvolvimento do projeto financiado, uma vez que completa um ano de atividades (metade do tempo total). “Na avaliação preliminar, a pesquisa demonstrou um elevado efeito da vacina produzida pelo grupo no desenvolvimento do parasita (Plasmodium vivax) no mosquito vetor da doença, o Anopheles, e, portanto, tendo um potencial efeito no bloqueio da transmissão da malária”.

Para Stefanie Lopes, o encontro oportunizou também discutir os próximos passos do projeto, necessários para o desenvolvimento da vacina para testes futuros em ensaios clínicos como a produção em maior escala e padrões de garantia de alta qualidade (GMP). Ressaltou, ainda, que a aproximação dos dois países parece bastante profícua e que vislumbra o aprimoramento deste e de novos estudos em parceria Japão/Brasil. 

O Plasmodium vivax é responsável pela maioria dos casos da doença no Brasil e devido à ausência de uma cultura estável a longo prazo, ensaios como estes da plataforma da Fiocruz Amazônia só podem ser realizados em áreas endêmicas da doença pois dependem da coleta de sangue de voluntários com a doença. Para a cientista, o incentivo às pesquisas é de fundamental importância não só para o Brasil como os demais países onde ocorrem casos da doença.

Com informações da Assessoria da Fiocruz Amazônia

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *